quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Dias 15 e 16 - Largando as Muletas

Passadas pouco mais de duas semanas, meu corpo provavelmente já está livre da nicotina e com isso, da dependência física de que sofria. 
Porém a dependência psicológica ou comportamental não desaparece assim, num tempo previsto. É preciso prestar muita atenção aos momentos em que a vontade de fumar aparece para saber o que está por trás dela e assim entender o que é preciso fazer (ou não fazer) para superá-la.
Os cigarros relacionados a momentos como ao acordar ou depois do banho, foram mais fáceis de esquecer. Outros foram mais difíceis mas com o tempo me acostumei a não contar com eles, como é o caso do cigarro de depois de comer ou aquele ao entrar no carro.
Contudo, há um cigarrinho específico mas que não tem hora marcada, que é bem complicado e até hoje ainda me faz falta: o cigarro muleta.
Acho que não é preciso ser fumante ou ex-fumante para entender o que isso significa. Todo mundo passa por aqueles momentos estranhos, vazios, as vezes até constrangedores em que não se sabe bem o que fazer. Ninguém entendeu nada, doidona.
Existem as pessoas que pegam o celular, põem as mãos no bolso, olham para os lados, assobiam, e tem as que acendem um cigarro. Eu era dessas.
Agora estou reaprendendo a viver sem essa válvula de escape e a simplesmente presenciar esses momentos que, na verdade, não trazem nenhum sofrimento e portanto não é preciso fugir deles. Na teoria é super simples: se não tem o que fazer, não faça nada.
Mas a verdade é que a falta que ele faz é bem incômoda e a vozinha da cabeça fica falando sem parar que eu devia pegar um cigarro e acabar logo com isso. Melhor não dar ouvidos, né?



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