terça-feira, 30 de junho de 2015

Dia -2 - Quase lá!

Oi, blog

Lembro de um post em que comparei deixar de fumar com terminar um relacionamento. Voltar a fumar também é muito parecido com voltar a uma relação ruim.
A roupagem está um pouco mudada mas por dentro ele é igual.

Mesmo com suas mais de 4.700 substancias tóxicas, ser a maior causa de morte evitável no mundo, nocivo mesmo pra quem não fuma, diminuir o calibre das veias, dificultar a absorção de nutrientes, prejudicar o estômago, o hálito, os dentes e ser a causa de diversas doenças e dessa tosse infernal que me perturba noite e dia, eu continuo pagando um absurdo pelo maço do veneninho e deixando-o controlar minha vida.

Eu estou totalmente ciente dos danos que ele me causa mas estou ainda cultivando essa relação de dependência. Por quê?
O que ele faz por mim que me impede de deixá-lo? É uma questão química? Biológica? Emocional?

Terminar um relacionamento também pode ser muito difícil, mas uma vez que se chega à conclusão de que a relação faz mais mal do que bem, o próximo passo é óbvio: decidir.
Decidir de vez mesmo. E seguir em frente sem olhar pra trás.
Agora não adianta lamentar a volta e cultivar arrependimentos.
É hora de decidir, simplesmente. To quaaase chegando lá, blog. Calma!


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Escolhas?

Oi, Blog.

É com o rosto corado e os olhos marejados que venho lhe dizer: precisamos conversar.

Poderia te dizer que fui ingênua, que me distraí. Mas não posso me eximir da culpa. Não estaria sendo honesta comigo nem com você. Então preciso começar por onde dói: a verdade.
Eu sabia que estava errada. Eu sabia que estava flertando com o perigo, que estava deixando de lado a razão, ignorando os avisos. Mas assumi o risco. Quis pagar pra ver.
Numa noite, um trago.
No dia seguinte eu nem sabia ao certo o que tinha feito. Sabia, mas não avaliei os danos. Deixei pra lá...
Outra noite, um cigarro.
Confesso que foi muito bom. Fumei-o todo, sem pesar e sem culpa. Sem pensar nas consequências desse prazer momentâneo.
Os momentos que se seguiram, hoje vejo como uma sucessão de erros. Mas enquanto eu os vivia, não parava pra olhar.
Fui me deixando levar.
Pensei por várias vezes "essa é a última vez". Mas nem eu acreditava em mim.
Disse pra outras pessoas, a fim de me comprometer, "essa é a última vez, agora é sério". Elas tampouco acreditavam.
Fiz promessas que descumpri. Fiz listas que rasguei. Fiz anotações na mão. Tudo em vão.
Por isso não estou aqui pra prometer mais nada. Só vim te dizer que errei feio, errei rude.
Me deixei levar e hoje não sei o que fazer do engodo. Quero sua ajuda.
Por favor, não desiste de mim não, tá?


-Nossas escolhas fazem de nós o que somos, né?