quinta-feira, 18 de junho de 2015

Escolhas?

Oi, Blog.

É com o rosto corado e os olhos marejados que venho lhe dizer: precisamos conversar.

Poderia te dizer que fui ingênua, que me distraí. Mas não posso me eximir da culpa. Não estaria sendo honesta comigo nem com você. Então preciso começar por onde dói: a verdade.
Eu sabia que estava errada. Eu sabia que estava flertando com o perigo, que estava deixando de lado a razão, ignorando os avisos. Mas assumi o risco. Quis pagar pra ver.
Numa noite, um trago.
No dia seguinte eu nem sabia ao certo o que tinha feito. Sabia, mas não avaliei os danos. Deixei pra lá...
Outra noite, um cigarro.
Confesso que foi muito bom. Fumei-o todo, sem pesar e sem culpa. Sem pensar nas consequências desse prazer momentâneo.
Os momentos que se seguiram, hoje vejo como uma sucessão de erros. Mas enquanto eu os vivia, não parava pra olhar.
Fui me deixando levar.
Pensei por várias vezes "essa é a última vez". Mas nem eu acreditava em mim.
Disse pra outras pessoas, a fim de me comprometer, "essa é a última vez, agora é sério". Elas tampouco acreditavam.
Fiz promessas que descumpri. Fiz listas que rasguei. Fiz anotações na mão. Tudo em vão.
Por isso não estou aqui pra prometer mais nada. Só vim te dizer que errei feio, errei rude.
Me deixei levar e hoje não sei o que fazer do engodo. Quero sua ajuda.
Por favor, não desiste de mim não, tá?


-Nossas escolhas fazem de nós o que somos, né?

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